Bom dia,
Não vou julgá-la, em absoluto. Mesmo porque faltou uma boa dose de tato por parte da sua madrasta. Em vez de falar do lado positivo e agradável de ter um irmãozinho, preferiu fazer-lhe exigências. E, francamente, você não tem obrigação alguma de cuidar do filho dela. Que ela optou por ter. Que será seu irmão de sangue, sim, mas isso não faz de você uma candidata a baby sitter não-remunerada.
É necessário que os papéis estejam bem claros em todos os relacionamentos. Não acho certo sua madrasta, ou seu pai, colocá-la de babá do guri (ou guria). Você tem sua vida, suas obrigações, afazeres e até seu tempo para o lazer. Filho é responsabilidade de quem põe no mundo, não dos outros, sejam parentes, amigos ou lá o que for.
Ajudar o bebê vez ou outra, como uma cortesia, uma concessão, tudo bem. Não vejo nada demais. O errado está em impôr uma obrigação que não lhe pertence. Cuidar é obrigação da mãe e do pai. Não da irmã. Você ajudará, cuidará se quiser, se tiver vontade, não apenas por ser seu irmão. E ninguém terá o direito de ficar chateado caso se recuse a fazê-lo.
É provável, ainda, que sua raiva tenha sido motivada pela maneira como ela disse as coisas, não pelo fato em si. A propósito, daqui há alguns dias meus filhos menores, que moram em outro estado, virão me visitar e, em momento algum, passou pela minha cabeça colocar minha guria tomando conta dos irmãos. Ela estuda, faz cursos, brinca, vive enfim, e a obrigação de cuidar dos guris será apenas minha e da mãe deles.
Abraços.